Estes conceitos sempre estiveram presentes na minha vida e sempre despertaram a minha curiosidade. Como compreender algo que nos acontece “por acaso”, mas que resulta de uma “coincidência” incrível. Como explicar a sintonia que sentimos com determinadas pessoas, com as quais por vezes nem temos muita afinidade, como classificar os momentos em que estamos embrenhados numa pesquisa sobre determinado tema e que tudo que nos cerca está em perfeita sintonia com aquilo que procuramos.
Por vezes, é como se os filmes que vemos, os livros que lemos, as conversas que temos, girassem sempre em torno de um mesmo ponto central. E, de repente, “EUREKA!”, surge espontaneamente as respostas que tanto procurávamos.
“Tudo que acontece na nossa vida, acontece através de nós e não é por acaso… Quer estejamos conscientes disso ou não.” Esta frase veio ter comigo aquando da frequência do curso de terapeutas Reiki e foi uma primeira pista para clarificar e estruturar aquilo que eu sentia. Nunca acreditei em acaso e coincidência, sempre pensei que há algo que realmente nos une àquilo que precisamos no momento certo. Descobri então que este elo de ligação sou eu própria. Só eu posso fazer o meu caminho e caminhar nele.
Quando estamos no nosso caminho, plenos de confiança de que essa é a nossa missão, quando permitimos que a nossa razão, o nosso eu racional, se una à nossa intuição ao nosso eu criativo, ficamos momentaneamente livres do juízo que nos impede de viver a nossa totalidade.
A serendipidade estabelece a ligação entre corpo-espaço-tempo, permitindo que as duas metades do nosso cérebro trabalhem em conjunto, livres dos conceitos de certo e errado.
Nesse momento é nos permitido entrar em contacto com as duas facetas que fazem parte de nós e que coabitam dentro de cada um de nós. Se dermos tréguas à batalha interminável entre o bem e o mal, iremos descobrir um pequeno paraíso que habita no nosso interior e que nos permite a paz.
Lurdes Colaço
Psicóloga e Terapeuta Reiki