Quando se está zangado é bem difícil observar ou prestar atenção ao circuito que a energia percorre, bem como naquilo que induz no corpo e na vida da pessoa.
Perde-se a noção do que se diz e poderá perder-se também a consciência do que se faz.
Nesses momentos, é-se capaz de dizer coisas ignóbeis ou cometer actos terríveis e indignos de quem é.
A energia da raiva ou da cólera reprimida, pressionada e acumulada, poderá atingir níveis que o “zangado” em determinadas circunstância deixa de conseguir controlar.
Então essa energia, que em certas circunstâncias pode atingir enorme potência, quer seja “exteriorizada” ou “interiorizada” irá inundar o corpo e a vida de quem a ela é submetido, ? tanto em quem a exerce como em quem é exercida ? podendo provocar danos irreversíveis.
Que esses danos sejam físicos, emocionais, psíquicos ou a mistura desses e eventualmente doutros, as consequências de tais situações serão sempre prejudiciais, complexas e de difícil previsão.
Quando se trata de crianças, as marcas e traumas causados poderão destruir completamente o equilíbrio e a vida desse ser ou influenciar para sempre a sua forma de estar e viver.
A raiva ou cólera que origina a zanga, atinge em primeiro lugar o Chakra frontal inibindo a lucidez, e logo a seguir o plexo solar inibindo o autocontrolo.
A garganta, o baixo-ventre, os maxilares e a maior parte dos músculos, contraem-se.
As glândulas supra-renais lançarão no corpo uma descarga de adrenalina, provocando a aceleração do ritmo cardíaco e o aumento da pressão sanguínea.
O fígado irá produzir mais glucose, o pâncreas, mais insulina.
O estômago e os intestinos bloqueiam a sua actividade.
A pele fica pálida ou vermelha
Na garganta a tiróide e paratiróide, responsáveis pela regulação do nível de cálcio, param.
A comunicação fica impossível.
Quistos têm origem na raiva, no ressentimento, no rancor e problemas de fígado, na zanga e na crítica recorrente.
A zanga é muitas vezes interior, connosco, o que poderá provocar sentimento de culpa e fazer-nos atrair o respectivo castigo; muitas vezes um desejo de autodestruição.
Será pelo facto de a pessoa estar tantas vezes zangada consigo que não consegue comunicar ou ouvir o que o seu corpo procura dizer-lhe?
Sendo a crítica um dos cinco vícios assassinos, poderá ela com os seus adjuntos ? a raiva, a cólera e a ira ? estar na base de doenças e distúrbios de toda a ordem?
Tem consciência de que este vício afecta constantemente a vida da maior parte das pessoas? Se não tem, faça o seguinte exercício:
• Escolha ¼ de hora de um qualquer dos seus dias.
• Durante esses 15 minutos, preste atenção aos seus pensamentos e conversa interior. Em simultâneo verifique, quantas vezes pensou, criticou ou disse mal de alguém, de si mesmo, de alguma coisa ou situação!
Após ter tomado consciência de quantas vezes sucumbiu a este vício, perceba que, tal como qualquer outro, não deve reprimi-lo, mas sim encontrar a sua origem e eliminar as causas.
Excerto do curso, Reiki dos 5 Princípios, nível 1
© Escola Portuguesa de Reiki.