A vida é algo de intrigante e fascinante. É um verdadeiro milagre! Na vida, tudo está sempre em constante mudança.
Se atentarmos nas estações do ano, facilmente nos apercebemos do ciclo interminável que é a vida:
– A vida nasce e cresce na Primavera, continua a crescer e atinge a maturação durante o Verão, começa a declinar no Outono e morre no Inverno para renascer na Primavera seguinte!
É tão fácil para mim gostar das estações do ano! Gosto de todas elas sem excepção!
É tão natural entender que tudo é perfeito tal como é!
Porque será então, que já não é assim tão fácil aceitar que sou perfeita tal como sou, assim como todas as pessoas que me rodeiam?! Afinal, todos fazemos parte do processo da vida!
Se conseguirmos compreender que cada uma das partes tem um determinado propósito que contribui para o todo, então, podemos compreender a magnificência da vida!
Podemos aceitar as coisas tal como são.
Quando no Inverno sentirmos o rigor do frio, da chuva e até das tempestades, poderemos ter paz e serenar pois, saberemos que é um ciclo que em breve chegará ao fim para que um novo possa começar cheio de sol, calor e novas possibilidades.
Do mesmo modo se processam as mudanças na nossa vida. Quando as nossas vivências forem mais tumultuosas, poderemos ter a certeza que serão passageiras. Quanto mais depressa descobrirmos em nós a origem dos nossos problemas, mais depressa poderemos fazer os ajustes necessários á sua solução. E então, podemos prosseguir com a vida rumo a um novo ciclo.
Se escolhermos não aceitar as nossas circunstâncias, ficamos presos em determinado estádio do nosso crescimento e não evoluímos. Deixamos de acompanhar a vida e a sua renovação constante.
Este é o desafio com que me deparo neste momento e que proponho a todos os Reikianos que desejem evoluir.
Olhar para nós, nem sempre é fácil. Sobretudo quando nos recusamos a ver o que está perante os nossos olhos. È preciso ter a coragem de aceitar o que julgamos menos próprio ou bom. Integrando essa parte de nós, torna-se um pouco mais fácil conviver com o “eu”.
Passei imenso tempo da minha vida a tentar fugir de mim: Estava em negação completa!
Agora que começo a aceitar-me um bocadinho melhor, começo a encarar com mais naturalidade “aquilo que é”. Um ciclo é apenas um ciclo Um espaço de tempo em que determinados acontecimentos tem lugar com o objectivo de nos preparar para o estádio seguinte.
Iniciar esta viagem pelas estações da vida é percorrer o nosso caminho. È a demanda, a busca interior. É um compromisso que assumimos connosco e, ainda que tenhamos conhecimento que em determinada altura o Inverno chegará com as suas tempestades, é sempre preferível munirmo-nos de um bom agasalho e um chapéu de chuva e enfrentá-las, do que não o fazer e assim, perder o maior propósito da nossa existência.
Iola Cravo